Uma postagem nossa sobre a previsão do tempo levantou uma questão. Até que ponto levamos a sério o “Transtorno bipolar”. No dia a dia, usamos essa expressão em diversas situações corriqueiras, mas o assunto é bem mais complexo.
Diante disso, pedimos a ajuda de uma profissional da área, que fez um resumo do delicado tema:
Por Isadora Luz:*
O nosso humor sofre oscilações dependendo dos estímulos que recebemos no dia a dia. Faz parte, mas isso não pode ser confundido com transtorno bipolar. Ele é bem mais sério do que pensamos e seu diagnóstico é difícil, pois muitas vezes, pode ser confundido com um caso de depressão ou considera-se que o comportamento oscilante da pessoa tem a ver com a personalidade dela.
O transtorno bipolar se caracteriza pela oscilação entre episódios de depressão e de euforia; as crises pode variar em intensidade, frequência e duração. As variações de humor têm danos negativos sobre o comportamento e atitudes dos pacientes, e a reação que provocam é sempre desproporcional aos eventos que serviram de gatilho ou, até mesmo, independem deles.
É comum que essa perturbação do humor se manifeste entre os 15 e os 25 anos atingindo tanto homens, quanto mulheres, podendo afetar também as crianças e pessoas mais velhas. Sua manifestação está ligada a fatores ambientais e genéticos. O transtorno bipolar é uma doença que não tem cura e acompanha o paciente para toda a vida, mas pode ser controlado. A Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), estima que aproximadamente 4% da população brasileira sofra com o distúrbio.
A psicoterapia é um recurso importantíssimo no tratamento da bipolaridade, uma vez que oferece suporte para o paciente superar as dificuldades impostas pelas características da doença, ajudando a prevenir a recorrência das crises e, especialmente, promovendo a adesão ao tratamento medicamentoso que, como ocorre na maioria das doenças crônicas, deve ser mantido por toda a vida. Portanto, é preciso achar um profissional realmente especializado e que faça uma investigação a fundo sobre a presença da doença.

*Isadora Luz é estagiária de psicologia organizacional da Prefeitura de Tramandaí
Fonte: Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB).
Edição: Maxwell Bernardes (ASCOM)
Infográfico: Assessoria de Arte da DIJOR
Edição de imagem: Marcos Chagas